quinta-feira, 15 de abril de 2010

Educar para salvar

Diante dos dias conturbados por que passa a sociedade atual, só existe uma maneira eficiente de fazer com que desponte uma aurora límpida e bela, neste limiar do terceiro milênio: a educação.

Somente através da educação bem sedimentada poderá surgir o homem renovado do século XXI.

Mas, educar não significa apenas transmitir padrões sócio-culturais, nem acompanhar o desenvolvimento físico-intelectual da criança ou passar uma série de informações pela instrução formal.

A educação, bem entendida, consiste em formar o homem de bem, contemplando seu duplo aspecto: espiritual e físico.

A violência grassa e desgraça, num mundo onde o ser humano vem perdendo o senso de fraternidade, de solidariedade, face aos conflitos de opiniões, às imposições do intelecto sobre o sentimento, à robotização que transforma o ser humano em máquina, a repetir atividades que lhe destroem a capacidade de criar, de enriquecer-se de novos valores espirituais.

Educar, no sentido que o termo exige, é desenvolver, cultivar, fazer brotar, elevar, fazer crescer, não de maneira unilateral, mas de forma integral, para que o educando possa ser o cidadão honrado que todos desejamos encontrar na sociedade da qual fazemos parte.

E para que se atinja esse grandioso objetivo será preciso, antes de tudo, duas premissas básicas: amor e auto-educação.

Amar para educar e auto-educar-se para amar. Esse binômio: amor e auto-educação deverá ser o denominador comum para pais e mestres.

Aos pais não basta amar, é preciso que seu amor seja firme, sem tirania, e terno, sem pieguice.

Aos mestres não basta instruir, transmitir informações áridas, sem o real enriquecimento do conteúdo com o tempero do afeto.

É preciso que haja uma conjugação de forças entre pais e mestres para que se logre êxito na reforma moral da humanidade.... Para que se possa ver o despontar da verdadeira aurora do terceiro milênio...

É preciso que o ser humano passe a ser o tesouro mais valioso do planeta, para que entenda o papel que lhe cabe na obra do Criador.

É preciso que não se tente resumir o ser humano a uma simples máquina de fazer sexo, fabricar dinheiro, se projetar sob as luzes transitórias dos holofotes da fama.

É preciso que se compreenda a realidade imortal do homem.

É preciso que se entenda, de vez por todas, que o ser humano não é um amontoado de ossos e músculos, numa breve experiência espiritual.

O homem é um ser espiritual, imortal, vivendo uma breve experiência num corpo carnal, frágil e perecível, que caminha na direção do túmulo.

E, por fim, é preciso que se viva como ser imortal, que terá que prestar contas dos seus atos à consciência cósmica e à própria consciência, assim que se desembaraçar da carne.

Se pais e mestres, que geralmente também são pais, amassem para bem educar e se auto-educassem para amar, o panorama do mundo se transformaria em pouco tempo, para melhor.

Veríamos no lar, que é a primeira escola, as crianças aprendendo o respeito ao semelhante, a dignidade, a honradez, a liberdade intelectual, o respeito a si mesma e ao próximo.

E, na escola, com mestres conscientes do seu nobre dever, aprenderiam as lições para iluminar o intelecto, mas sempre acompanhadas com os componentes do amor e da ternura.

Eis uma receita infalível...

Eis a solução para banir, definitivamente, a violência da face da Terra.

***

A educação sem um propósito de transcendência é uma idéia vazia e estreita e pode sempre se tornar instrumento de manipulação dos poderes sociais.

Pense nisso!

Não tem pra ninguém, pesquisa DATAFOLHA dá Alckmin na cabeça.

A pesquisa Datafolha para o governo de São Paulo mostra o tucano Geraldo Alckmin bem na frente de seus concorrentes. No cenário em que o candidato do PT é o senador Aloizio Mercadante, o ex-governador e atual secretário de Desenvolvimento do Estado aparece com 53%, enquanto o petista ficou com 13% das intenções de voto, Celso Russomano (PP) com 10%, Fábio Feldmann (PV) com 3% e Ivan Valente (PSOL), 1%.
Já se o candidato do PT for o senador Eduardo Suplicy, Alckmin teria 49% dos votos e o parlamentar, 19%. Russomano, então, teria 10%, Feldmann, 2%, e Ivan Valente, 1%. Esses dois cenários não incluíram um candidato pelo PSB. No entanto, mesmo com Paulo Skaf (PSB) na disputa, não há grande alteração no índice alcançado pelos pré-candidatos.
No cenário com Mercadante e Skaf, Alckmin continuaria disparado na frente, com 52% das intenções de voto, segundo a pesquisa Datafolha, publicada na edição de hoje do jornal Folha de S.Paulo. O petista teria o mesmo número de votos (13%), assim como Russomano (10%). Feldmann teria 2%, empatado com Skaf e o pré-candidato pelo PSOL. Já se Suplicy for candidato no lugar de Mercadante, Alckmin aparece com 50%, o senador do PT com 19%, Russomano com 10% e os três outros nomes, com 2%.
É a primeira sondagem para o governo de SP do Datafolha este ano. A pesquisa foi feita nos dias 25 e 26 deste mês, com 2.001 eleitores. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) com o número 17.116/2010.

Isso tudo demosntra que o PSDB a cada dia está surpriendendo a população paulista e que apartir do dia 01 de janeiro de 2011, vamos todos juntos surpriender a população nacional. PSDB a favor do Brasil.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Lula, mensalão, Jefferson e marca de batom na cueca do PT.

Afinal, Lula sabia ou não sabia do mensalão? Foi avisado ou não foi?
Se voltarmos a 2005, durante o auge da crise do mensalão, o presidente afirmou em uma entrevista gravada em um belo jardim em Paris que não sabia do esquema, mas que este seria apenas caixa 2 de campanha.
Pouco depois, no dia 12 de agosto do mesmo ano, Lula fez um pronunciamento a nação na abertura da 11ª reunião ministerial, realizada na Granja do Torto. Nesse pronunciamento, o presidente afirmou que foi traído e pediu desculpas ao povo brasileiro. Afirmou ainda que se estivesse ao seu alcance já teria identificado e punido exemplarmente os responsáveis por esta situação. Lembrem-se bem dessa frase.
Ultimamente Lula tem afirmado que o esquema sequer existiu.
Não mais.
Em depoimento prestado à justiça federal, os ex-ministros Aldo Rebelo, Walfrido dos Mares Guia e Márcio Thomaz Bastos confirmaram que o ex-deputado Roberto Jefferson informou Lula da existência do esquema em uma reunião. Jefferson já vinha alegando isso há tempos, desde que o escândalo do mensalão explodiu.
Importante notar que os ex-ministros prestaram a declaração acima na condição de testemunhas do processo do mensalão, o que quer dizer que a declaração deles foi prestada sob juramento, ou seja, não podem mentir. No caso de mentirem, podem ser processados por crime de falso testemunho, nos termos do art. 342 do Código Penal, tendo como pena reclusão de 1 a 3 anos.
E agora José (ou Luiz)?
Lula também é testemunha no processo do mensalão. E uma das perguntas é exatamente se ele foi avisado da existência do esquema. E agora?
Há dois cenários possíveis para essa situação. O primeiro, e menos provável, é Lula contradizer seus ministros e afirmar que nunca foi informado da existência do mensalão, negando assim que Roberto Jefferson tenha dito qualquer coisa acerca do esquema. Neste caso, ou Lula ou os ex-ministros seriam processados pelo crime de falso testemunho (com a espada pendendo sobre a cabeça de Lula, pois seriam 3 contra 1).
A outra, e a mais provável (segundo apurou até agora a imprensa), é que Lula irá confirmar que soube por Roberto Jefferson, no início de 2005 (4 ou 5 meses antes do esquema se tornar público) que parlamentares da base aliada estavam recebendo mesada. E é exatamente ai que reside o problema.
Se Lula foi realmente avisado, o que ele mandou fazer para acabar com o mensalão? Lula naquele momento não era um cidadão comum, era o presidente da república, e como tal tinha obrigação legal de tomar uma atitude. A pergunta é: ele informou a polícia federal? Determinou a abertura de inquérito? Ou simplesmente se sentiu traído?
Ora, o artigo 319 do Código de Processo Penal positiva o crime de prevaricação. Tal crime, para se configurar, basta apenas que pessoa no exercício de função pública não se manifeste quando tiver conhecimento de alguma irregularidade ocorrida no seio da administração pública. O presidente da república, ao ser informado da ocorrência de um crime da magnitude do mensalão tem a obrigação de agir. Se Lula não agiu, ele prevaricou.
Lula ainda não prestou seu depoimento. Por prerrogativa de função, ele pode responder as questões por escrito. E é o que fará. Por ora, a presidencia vem adiando sua resposta a justiça. Já foram enviados 2 ofícios pela juíza Pollyanna Kelly dirigidos ao presidente. O primeiro data de 10 de agosto. O segundo de 12 de novembro. É importante acompanhar de perto o desenrolar dessa história, por ora muito pouco coberta pela imprensa nacional, pois a partir da resposta do presidente, o ministro Joaquim Barbosa abrirá vista ao procurador-geral da República. A competência para denunciar o presidente da república cabe a ele.
Se Lula confirmar que sabia, o procurador vai buscar saber quais providências ele tomou para acabar com o esquema. Ao que parece, nenhuma foi tomada. Dessa forma, fica configurado, em tese, o crime de prevaricação.
De toda forma, caso o procurador-geral da República não o faça, ainda assim Lula pode ser denunciado, pois, nos termos do art. 29 do Código de Processo Penal, qualquer pessoa pode denunciar o presidente Lula na omissão do procurador-geral. É a figura da ação penal privada subsidiária da pública.
Nunca antes na história deste pais um presidente da república esteve tão perto de ser processado criminalmente!
A hora não podia ser pior para o PT. As vésperas de uma eleição presidencial onde o partido conta com a grande popularidade do presidente para transferir votos para sua candidata, um processo criminal é a última coisa que esperam. Não obstante, é papel de todos os brasileiros buscar a verdade por trás do maior escândalo político da história do Brasil. Que não desanimemos da busca da verdade. A história não nos perdoará se o fizermos.

Discurso de José Serra no encontro nacional dos Partidos PSDB, DEM e PPS.

“Venho hoje, aqui, falar do meu amor pelo Brasil; falar da minha vida; falar da minha experiência; falar da minha fé; falar das minhas esperanças no Brasil. E mostrar minha disposição de assumir esta caminhada. Uma caminhada que vai ser longa e difícil mas que com a ajuda de Deus e com a força do povo brasileiro será com certeza vitoriosa.
Alguns dias atrás, terminei meu discurso de despedida do Governo de São Paulo afirmando minha convicção de que o Brasil pode mais. Quatro palavras, em meio a muitas outras. Mas que ganharam destaque porque traduzem de maneira simples e direta o sentimento de milhões de brasileiros: o de que o Brasil, de fato, pode mais. E é isto que está em jogo nesta hora crucial!
Nos últimos 25 anos, o povo brasileiro alcançou muitas conquistas: retomamos a Democracia, arrancamos nas ruas o direito de votar para presidente, vivemos hoje num país sem censura e com uma imprensa livre. Somos um Estado de Direito Democrático. Fizemos uma nova Constituição, escrita por representantes do povo. Com o Plano Real, o Brasil transformou sua economia a favor do povo, controlou a inflação, melhorou a renda e a vida dos mais pobres, inaugurou uma nova Era no Brasil. Também conquistamos a responsabilidade fiscal dos governos. Criamos uma agricultura mais forte, uma indústria eficiente e um sistema financeiro sólido. Fizemos o Sistema Único de Saúde, conseguimos colocar as crianças na escola, diminuímos a miséria, ampliamos o consumo e o crédito, principalmente para os brasileiros mais pobres. Tudo isso em 25 anos. Não foram conquistas de um só homem ou de um só Governo, muito menos de um único partido. Todas são resultado de 25 anos de estabilidade democrática, luta e trabalho. E nós somos militantes dessa transformação, protagonistas mesmo, contribuímos para essa história de progresso e de avanços do nosso País. Nós podemos nos orgulhar disso.
Mas, se avançamos, também devemos admitir que ainda falta muito por fazer. E se considerarmos os avanços em outros países e o potencial do Brasil, uma conclusão é inevitável: o Brasil pode ser muito mais do que é hoje.Mas para isso temos de enfrentar os problemas nacionais e resolvê-los, sem ceder à demagogia, às bravatas ou à politicagem. E esse é um bom momento para reafirmarmos nossos valores. Começando pelo apreço à Democracia Representativa, que foi fundamental para chegarmos aonde chegamos. Devemos respeitá-la, defendê-la, fortalecê-la. Jamais afrontá-la.
Democracia e Estado de Direito são valores universais, permanentes, insubstituíveis e inegociáveis. Mas não são únicos. Honestidade, verdade, caráter, honra, coragem, coerência, brio profissional, perseverança são essenciais ao exercício da política e do Poder. É nisso que eu acredito e é assim que eu ajo e continuarei agindo. Este é o momento de falar claro, para que ninguém se engane sobre as minhas crenças e valores. É com base neles que também reafirmo: o Brasil, meus amigos e amigas, pode mais.
Governos, como as pessoas, têm que ter alma. E a alma que inspira nossas ações é a vontade de melhorar a vida das pessoas que dependem do estudo e do trabalho, da Saúde e da Segurança. Amparar os que estão desamparados.
Sabem quantas pessoas com alguma deficiência física existem no Brasil? Mais de 20 milhões – a esmagadora maioria sem o conforto da acessibilidade aos equipamentos públicos e a um tratamento de reabilitação. Os governos, como as pessoas, têm que ser solidários com todos e principalmente com aqueles que são mais vulneráveis.
Quem governa, deve acreditar no planejamento de suas ações. Cultivar a austeridade fiscal, que significa fazer melhor e mais com os mesmos recursos. Fazer mais do que repetir promessas. O governo deve ouvir a voz dos trabalhadores e dos desamparados, das mulheres e das famílias, dos servidores públicos e dos profissionais de todas as áreas, dos jovens e dos idosos, dos pequenos e dos grandes empresários, do mercado financeiro, mas também do mercado dos que produzem alimentos, matérias-primas, produtos industriais e serviços essenciais, que são o fundamento do nosso desenvolvimento, a máquina de gerar empregos, consumo e riqueza.
O governo deve servir ao povo, não a partidos e a corporações que não representam o interesse público. Um governo deve sempre procurar unir a nação. De mim, ninguém deve esperar que estimule disputas de pobres contra ricos, ou de ricos contra pobres. Eu quero todos, lado a lado, na solidariedade necessária à construção de um país que seja realmente de todos.
Ninguém deve esperar que joguemos estados do Norte contra estados do Sul, cidades grandes contra cidades pequenas, o urbano contra o rural, a indústria contra os serviços, o comércio contra a agricultura, azuis contra vermelhos, amarelos contra verdes. Pode ser engraçado no futebol. Mas não é quando se fala de um País. E é deplorável que haja gente que, em nome da política, tente dividir o nosso Brasil.
Não aceito o raciocínio do nós contra eles. Não cabe na vida de uma Nação. Somos todos irmãos na pátria. Lutamos pela união dos brasileiros e não pela sua divisão. Pode haver uma desavença aqui outra acolá, como em qualquer família. Mas vamos trabalhar somando, agregando. Nunca dividindo. Nunca excluindo. O Brasil tem grandes carências. Não pode perder energia com disputas entre brasileiros. Nunca será um país desenvolvido se não promover um equilíbrio maior entre suas regiões. Entre a nossa Amazônia, o Centro Oeste e o Sudeste. Entre o Sul e o Nordeste. Por isso, conclamo: Vamos juntos. O Brasil pode mais. O desenvolvimento é uma escolha. E faremos essa escolha. Estamos preparados para isso.
Ninguém deve esperar que joguemos o governo contra a oposição, porque não o faremos. Jamais rotularemos os adversários como inimigos da pátria ou do povo. Em meio século de militância política nunca fiz isso. E não vou fazer. Eu quero todos juntos, cada um com sua identidade, em nome do bem comum.
Na Constituinte fiz a emenda que permitiu criar o FAT, financiar e fortalecer o BNDES e tirar do papel o seguro-desemprego – que hoje beneficia 10 milhões de trabalhadores. Todos os partidos e blocos a apoiaram. No ministério da Saúde do governo Fernando Henrique tomei a iniciativa de enviar ou refazer e impulsionar seis projetos de lei e uma emenda constitucional – a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Agência Nacional de Saúde, a implantação dos genéricos, a proibição do fumo nos aviões e da propaganda de cigarros, a regulamentação dos planos de saúde, o combate à falsificação de remédios e a PEC 29, que vinculou recursos à Saúde nas três esferas da Federação – todos, sem exceção, aprovados pelos parlamentares do governo e da oposição. É assim que eu trabalho: somando e unindo, visando ao bem comum. Os membros do Congresso que estão me ouvindo, podem testemunhar: suas emendas ao orçamento da Saúde eram acolhidas pela qualidade, nunca devido à sua filiação partidária.
Se o povo assim decidir, vamos governar com todas e com todos, sem discriminar ninguém. Juntar pessoas em vez de separá-las; convidá-las ao diálogo, em vez de segregá-las; explicar os nossos propósitos, em vez de hostilizá-las. Vamos valorizar o talento, a honestidade e o patriotismo em vez de indagar a filiação partidária.Minha história de vida e minhas convicções pessoais sempre estiveram comprometidas com a unidade do país e com a unidade do seu povo. Sou filho de imigrantes, morei e cresci num bairro de trabalhadores que vinham de todas as partes, da Europa, do Nordeste, do Sul. Todos em busca de oportunidade e de esperança.
A liderança no movimento estudantil me fez conhecer e conviver com todo o Brasil logo ao final da minha adolescência. Aliás, na época, aprendi mesmo a fazer política no Rio, em Minas, na Bahia e em Pernambuco, aos 21 anos de idade. O longo exílio me levou sempre a enxergar e refletir sobre o nosso país como um todo.Minha história pessoal está diretamente vinculada à valorização do trabalho, à valorização do esforço, à valorização da dedicação. Lembro-me do meu pai, um modesto comerciante de frutas no mercado municipal: doze horas de jornada de trabalho nos dias úteis, dez horas no sábado, cinco horas aos domingos. Só não trabalhava no dia 1 de janeiro. Férias? Um luxo, pois deixava de ganhar o dinheiro da nossa subsistência. Um homem austero, severo, digno. Seu exemplo me marcou na vida e na compreensão do que significa o amor familiar de um trabalhador: ele carregava caixas de frutas para que um dia eu pudesse carregar caixas de livros.E eu me esforço para tornar digno o trabalho de todo homem e mulher, do ser humano como ele foi. Porque vejo a imagem de meu pai em cada trabalhador. Eu a vi outro dia, na inauguração do Rodoanel, quando um dos operários fez questão de me mostrar com orgulho seu nome no mural que eu mandei fazer para exibir a identidade de todos os trabalhadores que fizeram aquela obra espetacular. Por que o mural? Por justo reconhecimento e porque eu sabia que despertaria neles o orgulho de quem sabe exercer a profissão. Um momento de revelação a si mesmos de que eles são os verdadeiros construtores nesta nação.
Eu vejo em cada criança na escola o menino que eu fui, cheio de esperanças, com o peito cheio de crença no futuro. Quando prefeito e quando governador, passei anos indo às escolas para dar aula (de verdade) à criançada da quarta série. Ia reencontrar-me comigo mesmo. Porque tudo o que eu sou aprendi em duas escolas: a escola pública e a escola da vida pública. Aliás, e isto é um perigo dizer, com freqüência uso senhas de computador baseadas no nome de minhas professoras no curso primário. E toda vez que escrevo lembro da sua fisionomia, da sua voz, do seu esforço, e até das broncas, de um puxão de orelhas, quando eu fazia alguma bagunça.
Mas é por isso tudo que sempre lutei e luto tanto pela educação dos milhões de filhos do Brasil. No país com que sonho para os meus netos, o melhor caminho para o sucesso e a prosperidade será a matrícula numa boa escola, e não a carteirinha de um partido político. E estou convencido de uma coisa: bons prédios, serviços adequados de merenda, transporte escolar, atividades esportivas e culturais, tudo é muito importante e deve ser aperfeiçoado. Mas a condição fundamental é a melhora do aprendizado na sala de aula, propósito bem declarado pelo governo, mas que praticamente não saiu do papel. Serão necessários mais recursos. Mas pensemos no custo para o Brasil de não ter essa nova Educação em que o filho do pobre freqüente uma escola tão boa quanto a do filho do rico. Esse é um compromisso.
É preciso prestar atenção num retrocesso grave dos últimos anos: a estagnação da escolaridade entre os adolescentes. Para essa faixa de idade, embora não exclusivamente para ela, vamos turbinar o ensino técnico e profissional, aquele que vira emprego. Emprego para a juventude, que é castigada pela falta de oportunidades de subir na vida. E vamos fazer de forma descentralizada, em parcerias com estados e municípios, o que garante uma vinculação entre as escolas técnicas e os mercados locais, onde os empregos são gerados. Ensino de qualidade e de custos moderados, que nos permitirá multiplicar por dois ou três o número de alunos no país inteiro, num período de governo. Sim, meus amigos e amigas, o Brasil pode mais.
Podemos e devemos fazer mais pela saúde do nosso povo. O SUS foi um filho da Constituinte que nós consolidamos no governo passado, fortalecendo a integração entre União, Estados e Municípios; carreando mais recursos para o setor; reduzindo custos de medicamentos; enfrentando com sucesso a barreira das patentes, no Brasil e na Organização Mundial do Comércio; ampliando o sistema de atenção básica e o Programa Saúde da Família em todo o Brasil; prestigiando o setor filantrópico sério, com quem fizemos grandes parcerias, dos hospitais até a prevenção e promoção da Saúde, como a Pastoral da Criança; fazendo a melhor campanha contra a AIDS do mundo em desenvolvimento; organizando os mutirões; fazendo mais vacinações; ampliando a assistência às pessoas com deficiência; cerceando o abuso do incentivo ao cigarro e ao tabaco em geral. E muitas outras coisas mais. De fato, e mais pelo que aconteceu na primeira metade do governo, a Saúde estagnou ou avançou pouco. Mas a Saúde pode avançar muito mais. E nós sabemos como fazer isso acontecer.
Saúde é vida, Segurança também. Por isso, o governo federal deve assumir mais responsabilidades face à gravidade da situação. E não tirar o corpo fora porque a Constituição atribui aos governos estaduais a competência principal nessa área. Tenho visto gente criticar o Estado Mínimo, o Estado Omisso. Concordo. Por isso mesmo, se tem área em que o Estado não tem o direito de ser mínimo, de se omitir, é a segurança pública. As bases do crime organizado estão no contrabando de armas e de drogas, cujo combate efetivo cabe às autoridades federais . Ou o governo federal assume de vez, na prática, a coordenação efetiva dos esforços nacionalmente, ou o Brasil não tem como ganhar a guerra contra o crime e proteger nossa juventude.
Qual pai ou mãe de família não se sente ameaçado pela violência, pelo tráfico e pela difusão do uso das drogas? As drogas são hoje uma praga nacional. E aqui também o Governo tem de investir em clínicas e programas de recuperação para quem precisa e não pode ser tolerante com traficantes da morte. Mais ainda se o narcotráfico se esconde atrás da ideologia ou da política. Os jovens são as grandes vítimas. Por isso mesmo, ações preventivas, educativas, repressivas e de assistência precisam ser combinadas com a expansão da qualificação profissional e a oferta de empregos.
Uma coisa que precisa acabar é a falsa oposição entre construir escolas e construir presídios. Muitas vezes, essa é a conversa de quem não faz nem uma coisa nem outra. É verdade que nossos jovens necessitam de boas escolas e de bons empregos, mas se o indivíduo comete um crime ele deve ser punido. Existem propostas de impor penas mais duras aos criminosos. Não sou contra, mas talvez mais importante do que isso seja a garantia da punição. O problema principal no Brasil não são as penas supostamente leves. É a quase certeza da impunidade. Um país só tem mais chance de conseguir a paz quando existe a garantia de que a atitude criminosa não vai ficar sem castigo.
Eu quero que meus netos cresçam num país em que as leis sejam aplicadas para todos. Se o trabalhador precisa cumprir a lei, o prefeito, o governador e o presidente da República também tem essa obrigação. Em nosso país, nenhum brasileiro vai estar acima da lei, por mais poderoso que seja. Na Segurança e na Justiça, o Brasil também pode mais.
Lembro que os investimentos governamentais no Brasil, como proporção do PIB, ainda são dos mais baixos do mundo em desenvolvimento. Isso compromete ou encarece a produção, as exportações e o comércio. Há uma quase unanimidade a respeito das carências da infra-estrutura brasileira: no geral, as estradas não estão boas, faltam armazéns, os aeroportos vivem à beira do caos, os portos, por onde passam nossas exportações e importações, há muito deixaram de atender as necessidades. Tem gente que vê essas carências apenas como um desconforto, um incômodo. Mas essa é uma visão errada. O PIB brasileiro poderia crescer bem mais se a infra-estrutura fosse adequada, se funcionasse de acordo com o tamanho do nosso país, da população e da economia.Um exemplo simples: hoje, custa mais caro transportar uma tonelada de soja do Mato Grosso ao porto de Paranaguá do que levar a mesma soja do porto brasileiro até a China. Um absurdo. A conseqüência é menos dinheiro no bolso do produtor, menos investimento e menos riqueza no interior do Brasil. E sobretudo menos empregos.
Temos inflação baixa, mais crédito e reservas elevadas, o que é bom, mas para que o crescimento seja sustentado nos próximos anos não podemos ter uma combinação perversa de falta de infra-estrutura, inadequações da política macroeconômica, aumento da rigidez fiscal e vertiginoso crescimento do déficit do balanço de pagamentos. Aliás, o valor de nossas exportações cresceu muito nesta década, devido à melhora dos preços e da demanda por nossas matérias primas. Mas vai ter de crescer mais. Temos de romper pontos de estrangulamento e atuar de forma mais agressiva na conquista de mercados. Vejam que dado impressionante: nos últimos anos, mais de 100 acordos de livre comércio foram assinados em todo o mundo. São um instrumento poderoso de abertura de mercados. Pois o Brasil, junto com o MERCOSUL, assinou apenas um novo acordo (com Israel), que ainda não entrou em vigência!
Da mesma forma, precisamos tratar com mais seriedade a preservação do meio-ambiente e o desenvolvimento sustentável. Repito aqui o que venho dizendo há anos: é possível, sim, fazer o país crescer e defender nosso meio ambiente, preservar as florestas, a qualidade do ar a contenção das emissões de gás carbônico. É dever urgente dar a todos os brasileiros saneamento básico, que também é meio ambiente. Água encanada de boa qualidade, esgoto coletado e tratado não são luxo. São essenciais. São Saúde. São cidadania. A economia verde é, ao contrário do que pensam alguns, uma possibilidade promissora para o Brasil. Temos muito por fazer e muito o que progredir, e vamos fazê-lo.
Também não são incompatíveis a proteção do meio ambiente e o dinamismo extraordinário de nossa agricultura, que tem sido a galinha de ovos de ouro do desenvolvimento do país, produzindo as alimentos para nosso povo, salvando nossas contas externas, contribuindo para segurar a inflação e ainda gerar energia! Estou convencido disso e vamos provar o acerto dessa convicção na prática de governo. Sabem por quê? Porque sabemos como fazer e porque o Brasil pode mais!
O Brasil está cada vez maior e mais forte. É uma voz ouvida com respeito e atenção. Vamos usar essa força para defender a autodeterminação dos povos e os direitos humanos, sem vacilações. Eu fui perseguido em dois golpes de estado, tive dois exílios simultâneos, do Brasil e do Chile. Sou sobrevivente do Estádio Nacional de Santiago, onde muitos morreram. Por algum motivo, Deus permitiu que eu saísse de lá com vida. Para mim, direitos humanos não são negociáveis. Não cultivemos ilusões: democracias não têm gente encarcerada ou condenada à forca por pensar diferente de quem está no governo. Democracias não têm operários morrendo por greve de fome quando discordam do regime.
Nossa presença no mundo exige que não descuidemos de nossas Forças Armadas e da defesa de nossas fronteiras. O mundo contemporâneo é desafiador. A existência de Forças Armadas treinadas, disciplinadas, respeitadoras da Constituição e das leis foi uma conquista da Nova República. Precisamos mantê-las bem equipadas, para que cumpram suas funções, na dissuasão de ameaças sem ter de recorrer diretamente ao uso da força e na contribuição ao desenvolvimento tecnológico do país.
Como falei no início, esta será uma caminhada longa e difícil. Mas manteremos nosso comportamento a favor do Brasil. Às provocações, vamos responder com serenidade; às falanges do ódio que insistem em dividir a nação vamos responder com nosso trabalho presente e nossa crença no futuro. Vamos responder sempre dizendo a verdade. Aliás, quanto mais mentiras os adversários disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles.O Brasil não tem dono. O Brasil pertence aos brasileiros que trabalham; aos brasileiros que estudam; aos brasileiros que querem subir na vida; aos brasileiros que acreditam no esforço; aos brasileiros que não se deixam corromper; aos brasileiros que não toleram os malfeitos; aos brasileiros que não dispõem de uma “boquinha”; aos brasileiros que exigem ética na vida pública porque são decentes; aos brasileiros que não contam com um partido ou com alguma maracutaia para subir na vida.
Este é o povo que devemos mobilizar para a nossa luta; este é o povo que devemos convocar para a nossa caminhada; este é o povo que quer, porque assim deve ser, conservar as suas conquistas, mas que anseia mais. Porque o Brasil, meus amigos e amigas, pode mais. E, por isso, tem de estar unido. O Brasil é um só.Pretendo apresentar ao Brasil minha história e minhas idéias. Minha biografia. Minhas crenças e meus valores. Meu entusiasmo e minha confiança. Minha experiência e minha vontade.
Vou lhes contar uma coisa. Desde cedo, quando entrei na vida pública, descobri qual era a motivação maior, a mola propulsora da atividade política. Para mim, a motivação é o prazer. A vida pública não é sacrifício, como tantos a pintam, mas sim um trabalho prazeroso. Só que não é o mero prazer do desfrute. É o prazer da frutificação. Não é um sonho de consumo. É um sonho de produção e de criação. Aprendi desde cedo que servir é bom, nos faz felizes, porque nos dá o sentido maior de nossas existências, porque nos traz uma sensação de bem estar muito mais profunda do que quaisquer confortos ou vantagens propiciados pelas posições de Poder. Aprendi que nada se compara à sensação de construir algo de bom e duradouro para a sociedade em que vivemos, de descobrir soluções para os problemas reais das pessoas, de fazer acontecer.
O grande escritor mineiro Guimarães Rosa, escreveu: O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem. Concordo. É da coragem que a vida quer que nós precisamos agora.
Coragem para fazer um projeto de País, com sonhos, convicções e com o apoio da maioria.
Juntos, vamos construir o Brasil que queremos, mais justo e mais generoso. Eleição é uma escolha sobre o futuro. Olhando pra frente, sem picuinhas, sem mesquinharias, eu me coloco diante do Brasil, hoje, com minha biografia, minha história política e com . esperança no nosso futuro. E determinado a fazer a minha parte para construir um Brasil melhor. Quero ser o presidente da união. Vamos juntos, brasileiros e brasileiras, porque o Brasil pode mais.”

Chegou a hora de vencer !

Brasília (10) - Aclamado por uma platéia entusiasmada que o aplaudiu de pé, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve que esperar alguns instantes para iniciar seu discurso. Segundo ele, nestas eleições, o Brasil vai ter que escolher "entre os que difamam o passado e os que querem construir um país e seu futuro". E emendou: "Não queremos um Brasil com ódio."Fernando Henrique disse que, nos últimos tempos, viajou pelo país em busca de obras do atual governo: Mas revelou: "Não encontrei a transposição do rio São Francisco, o biodiesel, a Transnordestina e as moradias populares." E alfinetou: "Nós cumprimos o que prometemos. O que se faz hoje, foi plantado no nosso governo e nas administrações anteriores. As pessoas precisam de coisas simples e que funcionem." Fernando Henrique ainda fustigou a corrupção na atual administração federal afirmando que "o país quer lei, quer respeito e quer malandro na cadeia".Fernando Henrique disse ainda que hoje o Brasil tem uma enorme necessidade de promover uma "revolução na educação" que conduza o país a uma transformação maior ainda que, segundo ele, será " a revolução humana".Ao falar sobre Serra, de forma descontraída, Fernando Henrique começou lembrando que conheceu o pré-candidato no exílio, no Chile, no final da década de 60: "O Serra tinha o olhar esbugalhado, que ele sempre teve, e ainda era cabeludo, meu Deus." O ex-presidente destacou as qualidades de administrador de Serra, assegurando que ele é "o construtor do futuro". FHC lembrou que, como governador de São Paulo, Serra implantou duas linhas de metrô e impulsionou as obras de saneamento básico. Além de mudar a condição da educação e da saúde no estado mais importante do País.Fernando Henrique também não poupou elogios ao ex-governador Aécio Neves, a quem chamou de "o futuro do Brasil". Neste momento, a platéia começou a gritar em coro: "Vice, vice".

E concluiu: "Venceremos. Chegou a hora."

O Brasil pode e quer mais...

Um ser humano que sonha ver um Brasil sem divisões ou diferenças entre seus habitantes, caminhando solidariamente em direção ao progresso social, econômico e cultural. Um político que se orgulha de cada uma de suas ações em quase 50 anos de vida pública, com intuito de servir, e não ser aclamado. Um economista com lucidez e clareza suficientes para apontar os principais entraves ao desenvolvimento do país e como solucioná-los. Um gestor com conquistas concretas a mostrar em todos os postos onde serviu. Um presidente que irá liderar um processo, e não ser conduzido por eminências pardas, interesses corporativos ou ambições partidárias mesquinhas.Estas são conclusões inevitáveis quando se ouve, lê ou relê o discurso com o qual José Serra se lançou pré-candidato à presidência da República no sábado passado em Brasília. O caminho, ele admitiu, será árduo. O engajamento nessa luta se dará pelo sonho de ver o Brasil podendo muito mais e não pela ambição por cargos, poder ou eventuais “boquinhas” a serem distribuídas em caso de vitória. A meta é criar melhores oportunidades de vida para todos os brasileiros, independentemente de serem ricos ou pobres, nortistas ou sulistas, brancos ou negros, jogadores de basquete ou enxadristas. O Brasil é de todos os brasileiros.O Brasil que Serra quer é o mesmo do cidadão que não está pautado em ideologia ou modelos de gestão do Estado, mas pretende uma vida melhor para sua família. A energia de Serra está centrada naquelas pessoas que querem melhor saúde pública, garantia de boa educação para os filhos e aspiração de emprego para os jovens em ambiente de segurança e respeito à lei. Pessoas com valores, amantes das virtudes, que não querem o país dividido. O brasileiro comum, como eu e você, caro leitor.O exemplo de seu pai, dono de uma banca de frutas no Mercado Municipal de São Paulo, mostrou qual é a origem de Serra e seus valores. “Um homem austero, severo, digno. Carregava caixa de frutas para que um dia eu pudesse carregar caixa de livros”, disse o ex-governador ao relembrar sua infância, vivida numa casa de quarto e sala numa vila operária do bairro paulistano da Mooca. Serra quer um país onde todos tenham oportunidade de desenvolver seu talento e possam ser justamente valorizados pelos seus esforços. É como se dissesse: “Se eu, que tive uma vida de limitações, consegui, por que outros não conseguirão?” Serra quer fazer com que todos possam. E o Brasil, de fato, pode mais.Serra e o PSDB não têm medo do passado, não têm conflitos mal-resolvidos com a sua história. Num belo e contundente discurso, o governador Aécio Neves sublinhou as diferenças entre o modo tucano de servir ao Brasil e o interesse petista em assaltar o poder. Aécio colocou as coisas no devido lugar ao lembrar que, sistematicamente, o PT sempre se posicionou contra os principais avanços do país nos últimos 25 anos. Ao mesmo tempo, ele destacou que os tucanos, mesmo quando ainda no MDB e no PMDB, sempre se pautaram pelo interesse maior da nação e, generosa e solidariamente, lutaram pelas conquistas que interessavam a todos os brasileiros.Não custa lembrar sempre que os petistas foram contra a eleição de Tancredo Neves, contra a Constituição de 1988, contra o governo de transição de Itamar Franco, contra o Plano Real, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, entre outros “contra” medidas que melhoraram o Brasil. Aécio deixou claro que o Brasil não foi descoberto em 1º de janeiro de 2003 e que a roda da História gira desde muito antes. “O que me incomoda é ver o PT tentando vender aos brasileiros a ideia de que o Brasil das virtudes e do desenvolvimento foi construído por eles, quando, em vários momentos cruciais, eles preferiram priorizar o projeto partidário nacional”, resume Aécio em entrevista publicada na edição de hoje de O Estado de S.Paulo.De volta ao presente, em seu discurso José Serra evitou enumerar os números que tem a apresentar. Desnecessariamente modesto, não citou, por exemplo, o espetacular avanço dos investimentos do governo de São Paulo sob seu comando: de R$ 25 bilhões na gestão passada para R$ 64 bilhões no atual quadriênio. Dinheiro voltado a melhorar a vida de quem vive no estado. Não há nada parecido com isso no governo federal, que mal conseguiu concluir 10% das obras que prometeu entregar até 2010 dentro do tão alardeado quanto vazio PAC conduzido por Dilma Rousseff.Para o futuro, José Serra mostrou estar ciente do que precisa atacar para fazer o país crescer de maneira muito mais acelerada e consistente do que nos dias atuais, e sem descuidar do meio ambiente. Educação de mais qualidade, saúde ao alcance de todos, segurança para poder viver uma vida mais tranquila e digna. Conseguiu sintetizar os pontos de entrave em alguns poucos segundos: “Não podemos ter uma combinação perversa de falta de infraestrutura, inadequações da política macroeconômica, carga tributária sideral, aumento da rigidez fiscal e vertiginoso crescimento do déficit do balanço de pagamentos”. Concisão e lucidez.União, serenidade, valorização das virtudes de um povo e do amor à pátria. É isto o que José Serra tem a oferecer à nação. É este futuro venturoso que nos faz crer que o Brasil pode mais. Pode mais do que o sectarismo com que o PT insiste em dividir o país; pode mais do que as falanges do ódio que não aceitam a democracia representativa e querem impor a sua vontade sobre a vontade popular; pode mais do que a violência que não aceita o estado de direito e afronta o Judiciário; pode mais do que aqueles que sequer compreendem como se construiu a História brasileira, mesmo que, em determinado momento, esta construção só fosse possível estando longe do país. Quanto mais mentiras disserem sobre nós, mais verdades diremos sobre eles, porque o Brasil pode e quer mais.

Diário do "Busão"

Todos nós sabemos que este ano é ano eleitoral e que brevemente teremos nossas vidas invadidas por propagandas eleitorais gratuitas, santinhos, carros de som e por aí vai. Muita gente se incomoda com isso, outros acham bom. O fato é que ainda nem se conhecem a maioria dos candidatos e algumas pessoas já estão discutindo qual a melhor opção de voto, e isso é bom.
Como de costume, eu, agora bem acomodado no busão, estava indo ao trabalho quando ouço a conversa de dois cidadãos.
- E aí? Já sabe em quem vai votar?
- Pois é rapaz, não sei nem quem serão os candidatos ainda.
- Mas você tem que procurar saber, não pode ficar desinformado assim. Os candidatos mais fortes serão fulano e ciclano. Já conheço o fulano há algun tempo, foi vereador da cidade em que eu morava. O ciclano eu não conheço, mas dizem que ele é confiável.
- Eu não sou muito ligado nesse negócio de política não. Pra mim politico é tudo bandido é por isso que eu voto tudo em branco.
Pois é essa é a situação de milhões de brasileiros. Quando chega o ano político as pessoas nem procuram saber quem são os candidatos, não se importam em saber sobre a procedência dele, se ele é idôneo. Isso é uma coisa que tem que mudar no Brasil.
Essas pessoas são conhecidas como analfabetos políticos, não se interessam por nada nem ninguem que envolva política. Elas, querendo ou não, acabam prejudicando a si e a milhares de outras com essa atitude. Alguns analistas às culpam pela situação atual do país, pois ao vender , trocar ou anular seus votos elas elegem candidatos criminosos que não tem interesse nenhum no bem estar da sociedade e só busca abalroar seus bolsos com o dinheiro suado que o cidadão honesto paga nos seus impostos.
Nesta eleição vamos fazer diferente, pesquisar o candidato não dá trabalho nenhum, o TRE disponibiliza em seu site todos os cadastros para a pesquisa pública, é só dizer o candidato que o site te dá a ficha completa.
O candidato que você escolher é quem vai representar você. Não queremos nenhum bandido trabalhando em nosso nome não é verdade?.

Vamos ficar de olho.

José Elias de Castro Neto